Páginas

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Curso Redes de Aprendizagem - 40h


O curso Redes de Aprendizagem tem como objetivos gerais:



Promover a análise do papel da escola e dos professores frente à cultura digital nesta sociedade altamente tecnificada.

Compreender como as novas mídias sociais diversificaram as relações entre as pessoas, e em especial, como estas mudanças afetaram nossos jovens e se refletiram na sua relação com a aprendizagem e com a escola.

Compreender o potencial educativo das mídias sociais digitais.


Organização do Curso e metodologia


O curso está dividido em três unidades que têm como objetivos específicos:



Incentivar a reflexão e a busca da compreensão dos fatores que configuram a cultura das nossas crianças e nossos jovens, de modo a nos tornar mais afins a uma atuação em conjunto com eles, sendo mais capazes de contemplar seus desejos e suas necessidades, e proporcionando, assim, um uso mais útil e significativo das tecnologias.

Iniciar-se na experimentação pessoal de mídias sociais.



Identificar características gerais da cultura contemporânea altamente tecnificada, também reconhecida como cibercultura ou cultura das redes.


Reconhecer e aprender a valorizar as aprendizagens que os jovens realizam nos ambientes de mídia social.



Avançar na exploração das possibilidades educativas das mídias sociais.







Reconhecer o papel da escola e dos professores na formação de sujeitos capazes de posicionar-se de modo crítico e criativo frente às profundas transformações com as quais esta nova era de tecnificação nos desafia.


Aprofundar-se na busca da compreensão do potencial e do papel das novas mídias sociais para a construção de uma sociedade mais solidária e justa.


Discutir caminhos e alternativas para uma apropriação crítica e significativa das novas mídias sociais pela escola.


_____________________________________________________________


O projeto pedagógico deste curso propõe uma metodologia flexível nas dimensões tempo e espaço, com mais propostas de atividades a distância e/ou semipresenciais.

Nesse sentido, trabalhamos, também, com a intenção de criar oportunidades de realização de ações em paralelo. Assim, será possível dar continuidade aos estudos sem subtrair tempos mais longos para articulações necessárias em algumas atividades. 


Mas, atenção! A autonomia que a metodologia de educação a distância possibilita não significa “se virar sozinho”! É muito importante diferenciar “autonomia” de “isolamento”. Teorias cognitivas interacionistas, como as de Piaget e Vygotsky, apontam a importância da interação do sujeito com outros indivíduos no processo de aprendizagem. Os conceitos de cooperação e autonomia estão diretamente relacionados, pois para que a autonomia se desenvolva é necessário que o sujeito seja capaz de estabelecer relações cooperativas. Esta afirmação pode ser mais bem compreendida entendendo-se

que:

   “[...] a autonomia é a vocação (a qual Freire diz ser ontológica) que o ser  humano tem de transformar o mundo ou o ambiente em que vive. É claro que para transformar é necessário antes ter a habilidade cognitiva de conceber a transformação pretendida e, portanto, de entender primeiro a realidade a ser transformada.

Mas, conceber não é suficiente, uma vez que a transcendência precisa ser exercitada na prática [...] A cooperação, a autonomia, e o desenvolvimento cognitivo são aspectos de um processo único.


A relação entre a autonomia e a cooperação também pode ser observada no fato de que o exercício da transcendência seja ele o enfrentamento entre sujeito e objeto, ou a promoção de mudança ética, gera crise e ansiedade, e que esta crise é muito mais facilmente superada nas relações cooperativas.

Autonomia então não significa isolamento. Autonomia é, pelo contrário, a capacidade de superação dos pontos de vistas, de compartilhamento de escalas de valores e de sistemas simbólicos, de estabelecimento conjunto de metas e estratégias, que está presente nas elações cooperativas” (RAMOS, 1996, p. 209).



Na cooperação, a ação nasce de acordos transparentes, claros e conscientes. Essa busca pela consciência e responsabilidade caracteriza a autonomia. Essas ideias são inspiradas em Jean Piaget. No seu livro “Estudos sociológicos”, o autor, ao formalizar o conceito de cooperação, afirma ser esse o melhor caminho autonomia intelectual e moral. Nas suas palavras:


“Neste sentido, as relações pedagógicas só podem supor um clima de confiança, no qual a afetividade está compreendida. Na realidade a educação forma um todo indissociável e não é possível formar personalidades autônomas no domínio moral se, por outro lado, o indivíduo está submetido a uma coerção intelectual tal que deva se limitar a aprender passivamente, sem tentar descobrir por si mesmo a verdade: se ele é passivo intelectualmente não pode ser livre moralmente. Mas reciprocamente, se sua moral consiste exclusivamente numa submissão a vontade adulta e se as únicas relações sociais que constituem a vida da classe escolar são as que ligam cada aluno individualmente a um mestre que determina todos os poderes, ele não pode tampouco ser ativo intelectualmente” (PIAGET apud DOLLE, 1987, p. 198).



Por acreditarmos na importância do diálogo na educação, planejamos a maior parte das atividades a distância em grupo e/ou propondo convidar outros colegas e gestores da escola. Os cursistas também serão instigados a ampliar a Rede de Aprendizagem de sua escola, integrando/consolidando parceiros da comunidade.


Conforme você já está familiarizado(a), faremos uso do ambiente e-ProInfo, entre outros recursos, para apoio e enriquecimento do processo educativo, sendo que os formadores têm o desafio de aproveitar e valorizar a experiência de cada um e de todos, de promover um ambiente rico para estudar, praticar, buscar apoio e aprender a aprender mais e melhor, assim como de compartilhar, negociar, colaborar e cooperar.





A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida.
                                                Sêneca

Nenhum comentário:

Postar um comentário