Páginas

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Leitura sobre os Teóricos






João Pestalozzi nasceu em Zuripe, Suíça em 1746 e faleceu e 1827. Foi um grande defensor da educação pública. Quando era estudante ao ler Emilio de Rousseau teve o sentimento de que a educação podia elevar os homens, desenvolvendo uma educação com afeto. Para Pestalozzi, os sentimentos tinham o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança. 
- Defendeu a importância de desenvolver uma educação voltada para os interesses e necessidades das crianças, valorizando a experimentação prática.
O alemão Friedrich Froebel (1782 a 1852) viveu na Prússia. Suas ideias reformularam a educação, ele foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas – ideia hoje consagrada pela psicologia, ciência da qual foi precursor. A essência de sua pedagogia são as ideias de atividade e liberdade. 
- Defendeu a importância de desenvolver uma educação voltada para os interesses e das crianças, valorizando a experimentação prática.
O educador belga Ovide Decroly nasceu em 1871 e morreu em 1932. Sua obra educacional destaca-se pelo valor que colocou nas condições do desenvolvimento infantil Entendia que as crianças deveriam ter contato com o conhecimento de maneira global, ao contrário dos conteúdos fracionados dos currículos escolares.
- Apontou a necessidade de trabalhar com os métodos ativos. Decroly criou os “centros de interesses”, nos quais os alunos escolhiam o que desejavam aprender, construído o próprio currículo a partir de suas curiosidades e interesses.

Maria Montessori nasceu na Itália, em 1870, e morreu em 1952. Educadora e também formada em medicina, iniciou um trabalho com crianças com deficiências, vindo posteriormente a experimentar em crianças de evolução regular, os mesmos procedimentos e materiais. Apontou a necessidade da atividade livre e da estimulação sensório-motora. O Material Dourado é um dos muitos materiais idealizados pela Montessori para o trabalho com matemática. 
- Apontou a necessidade de trabalhar com os métodos ativos
John Dewey (1859-1952) nasceu nos Estados Unidos, tornou-se um dos maiores pedagogos americanos, contribuindo intensamente para a divulgação dos princípios do que se chamou de Escola Nova. Não aceitava a educação pela instrução e propunha a educação pela ação; criticava a educação tradicional e a ênfase dada à memorização. Defendia uma educação com a finalidade de propiciar à criança condições para que resolvesse, por si própria, os seus problemas, tendo o conceito de experiência como fator central de seus pressupostos.
William Kilpatrick, discípulo de Dewey, nasceu nos EUA em 1871 e é considerado um dos mais destacados pedagogos contemporâneos. Para ele, as atividades escolares deveriam ser desenvolvidas em forma de projetos, a fim de que a escola se tornasse um espaço de vida e de experiência; uma escola onde os alunos fossem ativos.

- A década de 20, Dewey Kilpatrick enfatizaram a importância da escola ser um espaço vivo e aberto para a realidade, defendendo que as crianças adquiram experiência e conhecimento pela resolução de problemas práticos, em situações sociais. Dewey criou a escola ativa, fundamentada na motivação e no interesse espontâneo dos alunos para a descoberta, por meio da experiência pessoal e das informações que serão assimiladas. Um dos princípios da teoria de Dewey que nos dias atuais vem sendo bastante destacada nas propostas pedagógicas é o aprender-fazendo experiências que o aluno ativamente pode se envolver com a própria aprendizagem. Dewey foi o grande sistematizador da Pedagogia de Projetos
Celestin Freinet nasceu na França em 1896 e viveu na sua terra natal até a sua morte, em 1966. Foi crítico da escola tradicional e criou uma pedagogia do trabalho, dando ênfase aos estudos de campo e a produção do jornal feito em sala de aula. Para ele, a atividade é o que orienta a prática escolar e o objetivo final da educação é formar cidadãos para o trabalho livre e criativo, capaz de dominar e transformar o meio e emancipar quem o exerce.
- A década de 30, Célestin Freinet, propôs uma pedagogia de busca e de experiências, favorecendo a criança um papel ativo voltado para o trabalho e atividade em grupo, vivenciando situações de cooperação e a pesquisa do meio, bem como o envolvimento do aluno em atividades/projetos criativos.
O educador brasileiro Freire, mundialmente conhecido, na década de 60, foi responsável por introduzir o debate político e a realidade sociocultural no processo escolar com a educação libertadora e os denominados temas geradores. Para Freire o ato de conhecer tem como pressuposto fundamental a cultura do educando, não para cristalizá-la, mas como ponto de partida para que ele avance na leitura do mundo, compreendendo-se como sujeito da história. Enfatiza o diálogo entre o conhecimento que o aluno traz, enquanto sujeito histórico, e a construção de um saber. Os fundamentos da pedagogia de Freire humanista e emancipatória orientam o professor para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas que privilegiem a indagação, a curiosidade, a busca do rigor científico e a reflexão crítica do aluno. “... ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 52).
Paulo Freire nasceu em Recife em 1921 e faleceu em 1997. É considerado um dos grandes pedagogos da atualidade e respeitado mundialmente. Freire, autor da pedagogia do oprimido. Criticou a educação bancária onde o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo. Enfatizou a importância de despertar a curiosidade do aluno, a reflexão, a indagação e autonomia para aprender.
Jean Piaget nasceu em Neuchâtel, Suíça, em 1896 e faleceu em 1980. Aos 10 anos publicou seu primeiro artigo científico. Em 1924, publicou o primeiro de mais de 50 livros, ‘A Linguagem e o Pensamento na Criança’.
A partir dos anos 80 e 90, o conceito de Projeto se evidencia no cenário educacional com uma nova dimensão, sendo em parte reflexo dos estudos da teoria construtivista de Piaget, a qual explica o processo de aprendizagem e a aquisição dos conhecimentos.
Para Piaget o conhecimento é construído pelo sujeito, no contexto das interações com outras pessoas e/ou objetos. A construção se dá por meio de dois processos fundamentais de inteligência: a assimilação e a acomodação, que são componente de todo equilíbrio cognitivo.

Fernando Hernández, nascido na Espanha em 1957, é doutor em Psicologia e professor na Universidade de Barcelona. Tem 52 anos e a mais de 20 anos se dedica a lutar pela inserção dos projetos de trabalho na escola. Para o autor, o entendimento de Projetos como forma de aprender a pensar criticamente, leva a dar significado à informação, analisá-la, planejar ações e resolver problemas. O projeto considerado como um ato problematizador pode contribuir para o desenvolvimento do raciocino do aluno, na formulação de suas hipóteses, pondo à prova suas próprias conclusões. Nos ano 90 Fernando Hernández  propõe, na Espanha, um currículo integrado e o desenvolvimento de projetos de trabalho repercutindo no Brasil nas novas propostas de orientação curriculares. Hernandez alerta que para trabalhar com projeto não basta o aluno gostar de um determinado tema, é preciso que o tema seja instigador para o aluno e desperte sua curiosidade por novos conhecimentos. O trabalho por projeto passa a ser adotado em várias escolas, porém com um novo significado, pois Hernández (1998) aponta que o projeto não deve ser visto como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola, o ensino e a aprendizagem. Essa compreensão é fundamental porque aqueles que buscam apenas conhecer os procedimentos e os métodos para desenvolver projetos acabam se frustrando, pois não existe um modelo ideal, pronto e acabado que dê conta da complexidade que envolve a realidade de sala de aula e do contexto escolar.

Lev Semenovitch Vygotsky nasceu em 1896 em Orsha, A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo. 
O conceito da zona proximal de desenvolvimento (ZPD) da teoria de Vygotsky pode orientar a mediação do professor no processo de aprendizagem do aluno, considerando inclusive a sua historicidade. O contexto da escola, por ser essencialmente social, indica que a mediação é desempenhada tanto pelo professor, que tem a intencionalidade pedagógica, como por outros profissionais da escola, pela própria instituição, pelos colegas. Assim, todos podem aprender e ensinar uns com os outros. A mediação do professor é importante também para que os conteúdos envolvidos no projeto sejam compreendidos e sistematizados para que o aluno possa formalizar os conhecimentos colocados em ação. Desse modo, por meio da mediação, o professor pode compreender os conhecimentos que os alunos trazem do cotidiano, ajudá-los a inter-relacionar com outros conhecimentos mobilizados no projeto e chegar à construção de conhecimentos científicos, que se constitui finalidade da escola na perspectiva da formação integral do aluno. A mediação traduz na prática pedagógica do professor, a intencionalidade e o comprometimento com a qualidade de aprendizagem do aluno, favorecendo lhe que além da experimentação, da descoberta, a sua ação seja refletida, compreendida formalizada para que atinja outros níveis de desenvolvimento e de estruturas cognitivas majorantes.


















 

Nenhum comentário:

Postar um comentário