João Pestalozzi nasceu em Zuripe, Suíça em 1746 e faleceu e
1827. Foi um grande defensor da educação pública. Quando era estudante ao ler
Emilio de Rousseau teve o sentimento de que a educação podia elevar os homens,
desenvolvendo uma educação com afeto. Para Pestalozzi, os sentimentos tinham o
poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança.
- Defendeu
a importância de desenvolver uma educação voltada para os interesses e
necessidades das crianças, valorizando a experimentação prática.
O alemão Friedrich
Froebel (1782 a 1852) viveu na Prússia. Suas ideias reformularam a
educação, ele foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância
como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas
– ideia hoje consagrada pela psicologia, ciência da qual foi
precursor. A essência de sua pedagogia são as ideias de atividade e liberdade.
-
Defendeu a importância de desenvolver uma educação voltada para os interesses e
das crianças, valorizando a experimentação prática.
O
educador belga Ovide Decroly nasceu em 1871 e morreu em 1932. Sua obra
educacional destaca-se pelo valor que colocou nas condições do desenvolvimento
infantil Entendia que as crianças deveriam ter contato com o conhecimento de
maneira global, ao contrário dos conteúdos fracionados dos currículos
escolares.
- Apontou a
necessidade de trabalhar com os métodos ativos. Decroly criou os “centros
de interesses”, nos quais os alunos escolhiam o que desejavam aprender,
construído o próprio currículo a partir de suas curiosidades e interesses.
Maria
Montessori nasceu
na Itália, em 1870, e morreu em 1952. Educadora e também formada em medicina,
iniciou um trabalho com crianças com deficiências, vindo posteriormente a
experimentar em crianças de evolução regular, os mesmos procedimentos e
materiais. Apontou a necessidade da atividade livre e da estimulação
sensório-motora. O Material Dourado é um dos muitos materiais idealizados pela
Montessori para o trabalho com matemática.
- Apontou a necessidade de
trabalhar com os métodos ativos
John
Dewey
(1859-1952) nasceu nos Estados Unidos, tornou-se um dos maiores pedagogos
americanos, contribuindo intensamente para a divulgação dos princípios do que
se chamou de Escola Nova. Não aceitava a educação pela instrução e propunha a
educação pela ação; criticava a educação tradicional e a ênfase dada à
memorização. Defendia uma educação com a finalidade de propiciar à criança
condições para que resolvesse, por si própria, os seus problemas, tendo o
conceito de experiência como fator central de seus pressupostos.
William Kilpatrick, discípulo de Dewey, nasceu nos EUA em 1871
e é considerado um dos mais destacados pedagogos contemporâneos. Para ele, as
atividades escolares deveriam ser desenvolvidas em forma de projetos, a fim de
que a escola se tornasse um espaço de vida e de experiência; uma escola onde os
alunos fossem ativos.
- A década
de 20, Dewey e Kilpatrick enfatizaram a
importância da escola ser um espaço vivo e aberto para a realidade, defendendo
que as crianças adquiram experiência e conhecimento pela resolução de problemas
práticos, em situações sociais. Dewey criou a escola ativa, fundamentada
na motivação e no interesse espontâneo dos alunos para a descoberta, por meio
da experiência pessoal e das informações que serão assimiladas. Um dos
princípios da teoria de Dewey que nos dias atuais vem sendo bastante destacada
nas propostas pedagógicas é o aprender-fazendo experiências que o aluno
ativamente pode se envolver com a própria aprendizagem. Dewey foi o grande
sistematizador da Pedagogia de Projetos
Celestin
Freinet nasceu
na França em 1896 e viveu na sua terra natal até a sua morte, em 1966. Foi
crítico da escola tradicional e criou uma pedagogia do trabalho, dando ênfase
aos estudos de campo e a produção do jornal feito em sala de aula. Para ele, a
atividade é o que orienta a prática escolar e o objetivo final da educação é
formar cidadãos para o trabalho livre e criativo, capaz de dominar e
transformar o meio e emancipar quem o exerce.
- A década
de 30, Célestin Freinet, propôs uma pedagogia de busca e de
experiências, favorecendo a criança um papel ativo voltado para o trabalho e
atividade em grupo, vivenciando situações de cooperação e a pesquisa do meio,
bem como o envolvimento do aluno em atividades/projetos criativos.
O
educador brasileiro Freire, mundialmente conhecido, na década de
60, foi responsável por introduzir o debate político e a realidade
sociocultural no processo escolar com a educação libertadora e os
denominados temas geradores. Para Freire o ato de conhecer tem como
pressuposto fundamental a cultura do educando, não para cristalizá-la, mas como
ponto de partida para que ele avance na leitura do mundo, compreendendo-se como
sujeito da história. Enfatiza o diálogo entre o conhecimento que o aluno traz,
enquanto sujeito histórico, e a construção de um saber. Os fundamentos da
pedagogia de Freire humanista e emancipatória orientam o professor para o
desenvolvimento de estratégias pedagógicas que privilegiem a indagação, a
curiosidade, a busca do rigor científico e a reflexão crítica do aluno. “... ensinar
não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 52).
Paulo
Freire nasceu em Recife em 1921 e faleceu em 1997. É considerado um dos grandes
pedagogos da atualidade e respeitado mundialmente. Freire, autor da pedagogia
do oprimido. Criticou a educação bancária onde o professor age como quem
deposita conhecimento num aluno apenas receptivo. Enfatizou a importância de
despertar a curiosidade do aluno, a reflexão, a indagação e autonomia para
aprender.
Jean
Piaget nasceu
em Neuchâtel, Suíça, em 1896 e faleceu em 1980. Aos 10 anos publicou seu
primeiro artigo científico. Em 1924, publicou o primeiro de mais de 50 livros,
‘A Linguagem e o Pensamento na Criança’.
A partir
dos anos 80 e 90, o conceito de Projeto se evidencia no cenário educacional com
uma nova dimensão, sendo em parte reflexo dos estudos da teoria construtivista
de Piaget, a qual explica o processo de aprendizagem e a aquisição
dos conhecimentos.
Para
Piaget o conhecimento é construído pelo sujeito, no contexto das interações com
outras pessoas e/ou objetos. A construção se dá por meio de dois processos
fundamentais de inteligência: a assimilação e a acomodação,
que são componente de todo equilíbrio cognitivo.
Fernando Hernández, nascido na Espanha em 1957, é doutor em
Psicologia e professor na Universidade de Barcelona. Tem 52 anos e a mais de 20
anos se dedica a lutar pela inserção dos projetos de trabalho na escola. Para o
autor, o entendimento de Projetos como forma de aprender a pensar criticamente,
leva a dar significado à informação, analisá-la, planejar ações e resolver
problemas. O projeto considerado como um ato problematizador pode contribuir
para o desenvolvimento do raciocino do aluno, na formulação de suas hipóteses,
pondo à prova suas próprias conclusões. Nos ano 90 Fernando Hernández propõe,
na Espanha, um currículo integrado e o desenvolvimento de projetos de trabalho
repercutindo no Brasil nas novas propostas de orientação curriculares.
Hernandez alerta que para trabalhar com projeto não basta o aluno gostar de um
determinado tema, é preciso que o tema seja instigador para o aluno e desperte
sua curiosidade por novos conhecimentos. O trabalho por projeto passa a ser
adotado em várias escolas, porém com um novo significado, pois Hernández (1998)
aponta que o projeto não deve ser visto como uma opção puramente metodológica,
mas como uma maneira de repensar a função da escola, o ensino e a aprendizagem.
Essa compreensão é fundamental porque aqueles que buscam apenas conhecer os
procedimentos e os métodos para desenvolver projetos acabam se frustrando, pois
não existe um modelo ideal, pronto e acabado que dê conta da complexidade que
envolve a realidade de sala de aula e do contexto escolar.
Lev
Semenovitch Vygotsky
nasceu em 1896 em Orsha, A parte mais conhecida da extensa obra produzida por
Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura.
Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento
intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse
processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é
chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.
O conceito
da zona proximal de desenvolvimento (ZPD) da teoria de Vygotsky pode
orientar a mediação do professor no processo de aprendizagem do aluno,
considerando inclusive a sua historicidade. O contexto da escola, por ser
essencialmente social, indica que a mediação é desempenhada tanto pelo
professor, que tem a intencionalidade pedagógica, como por outros profissionais
da escola, pela própria instituição, pelos colegas. Assim, todos podem aprender
e ensinar uns com os outros. A mediação do professor é importante também para
que os conteúdos envolvidos no projeto sejam compreendidos e sistematizados
para que o aluno possa formalizar os conhecimentos colocados em ação. Desse
modo, por meio da mediação, o professor pode compreender os conhecimentos que
os alunos trazem do cotidiano, ajudá-los a inter-relacionar com outros
conhecimentos mobilizados no projeto e chegar à construção de conhecimentos
científicos, que se constitui finalidade da escola na perspectiva da formação
integral do aluno. A mediação traduz na prática pedagógica do professor, a
intencionalidade e o comprometimento com a qualidade de aprendizagem do aluno,
favorecendo lhe que além da experimentação, da descoberta, a sua ação seja
refletida, compreendida formalizada para que atinja outros níveis de
desenvolvimento e de estruturas cognitivas majorantes.
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